terça-feira, 29 de novembro de 2011

santificado nas esquinas por aí

Aquela alma se retorce lenta.
Em uma esfera assombrosa
cai na escuridão.
Aquela alma chora e não
sabe quando é o fim.
É tanto medo que envolve
o tempo é ruim;
a chama ardente queima
o resto que ainda resta
de um pobre coração.

O frio cobrindo os ossos
é gelo sobre o peito,
nem sabe,nem suporta
caber mais em si mesmo.
É o vento,o gelo,o sangue
que secou.
Partiu seus lábios com
duras palavras,
caíram dos seus braços
tudo o que passou.

É noite agora,e bem mais tarde
já se foi.O tempo inteiro é pouco
onde esse prisioneiro
quer tentar viver.
Os homens se protegem
das suas misérias procurando
alguém.
Fumaça, os olhos cegos tentam
encontrar a placa no caminho
 mostrando a razão.

.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hoje nunca foi um dia



Minhas mãos atravessam
o nada e voltam a sumir.
Meus pés estão fracos
e perdem cada segundo.

Apenas uma fração
de voz pequenina.
Hoje nunca foi
um dia.

sábado, 26 de novembro de 2011

Linha extensa



Há um longo caminho
já percorrido.
De rostos espantados
que ficaram com as
mãos estendidas.

Um rastro de idéias
desfeitas;
desbotadas e soltas
ao vento.
Esfarelaram-se.

Há uma trajetória
marcada com a assinatura
dos erros
insistentes causados pela
ignorância.

No fundo das avenidas escuras
destes abismos
o coração é arrastado.
O malabarismo
misterioso da vida.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Morrer é negar-se o dia seguinte.

A estrada vazia



Vendo esta estrada que espera
minha ternura de coração vago,
ouço chamar pelo meu nome.
De certa forma ficará guardado
em meus passos.
Sinto no céu e no vento uma
estranha força,a mesma que
comprime meu peito;
que liberta,me expulsa de vez
do vazio.Então deixo-me levar
pela mão estendida no fim da
estrada.