quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Balada de sangue e sol

O corpo solto corre pela linha
de todo dia.
Senhoras e senhores,
o corpo.
Uma cabeça que há de
ficar extraviada de tanta
paixão.
Não há caminho.Não há nada.
O corpo vai e vem
fazendo sombra.
Súbito para,sonha e envelhece.
 Não é morte.É desejo.
Não é morte.É desejo.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Gente que passa

A gente passa pulando
a cerca,roubando sonhos,
deixando histórias
e uma canção
prá recordar.

A gente é feito do mesmo
jeito,da mesma terra;
acende o fogo,
bebe a água,
respira o ar.

A gente erra,a gente
fere como outros tantos.
Com muita
sorte a gente chega
em algum lugar.

As nossas sombras

Escuta no surdo instante
o peso das vozes que sussurram.
Ressoa como se partisse
a terra em pedaços grandes.
Apenas ouve.
Ouve o lamento que atordoa
e vai crescendo atrás de você.

 Porque a insanidade é particular
e somos todos loucos.

Pode correr agora.Tropeça nas pedras
e galhos.
Foge dos gritos que envolvem
sangue e espírito.
Cai agora de joelhos,
deixa elevar o espírito.
Liberta as lágrimas aprisionadas.